Nostalgia

Inexplicável. Bem como se espera, não sou capaz de descrever.
Muitas vezes parece um buraco. Um buraco, e não faço idéia de onde é seu fim. Se é que possui fim.

Meu coração parece estar pulando ao invés de pulsar em meu peito. Ele pula com uma força indescritível. Às vezes consigo senti-lo sem encostar minhas mãos em meu lado esquerdo. Isso parece ser tão ruim. É uma força que me confunde, me dá medo, me sufoca.
Dá vontade de gritar, de falar. Acender as luzes e mostrar realmente o que é essa minha nostalgia. Eu penso em gritar, mas algo me força a ficar calada. Talvez o medo de errar as palavras, ou de arranhar demais a garganta. O grito seria estrondoso. Não sei se vale a pena, não sei se é o momento. Não sei se seria errado. Não posso nem descobrir, porque não existem sinais que me confortem para pensar o contrário.
Se for certo ou errado eu não sei. O que me resta é a vontade, o anseio de agir. Talvez não tenha uma classificação de certo ou errado. Talvez, seja melhor fechar os olhos. Não vejo nada, nem penso. Não sinto. Meu desejo me consome, e eu me controlo. É tudo uma loucura.
Quanto tempo me resta?
Só sei que nada sei, já dizia Sócrates.
Isso não terá fim, e no final das contas, eu não encontrarei a resposta a tempo.

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Não é necessário tentar entender.